
Todos os dias, quase sempre, desde o momento em que nos levantamos ao acordar até o momento em que nos deitamos para dormir, há sempre momentos de pausa para nossa mente onde nos perguntamos sobre, pensamos em ou desejamos alguém. Se alguém ainda não existe questionamos como, quando e onde será que esse momento acontecerá. De novo, mais uma vez, menos uma ou nunca mais até querer o próximo. Desejamos emprego, casa, comida, diversão, balé, mas o alguém, esse sempre está lá na lista dos 10 mais, rondando impertinente em volta, do lado de dentro e de fora da nossa tão ansiosa mente. Chega a ser um vício, inconsciente muitas vezes, mas um vício. Se vamos sair, temos que nos aprontar, vestir, embelezar e a nossa entorpecida mente vaga atrás de alguém. Se alguém já existe, ótimo, a imagem é clara. Se não, mais trabalho e mais ansiedade em construir diversas possibilidades de montar um quebra cabeça mental até que a ultima peça se revele, seja depois de uma noite, de um café descompromissado, um flerte casual, uma teclada virtual ou de uma investida que se arrastava há algum tempo. Ter esse alguém em nossa mente é como um passa tempo, uma diversão para nossa quase sempre solitária mente. Ela, nessa busca, pode nos fazer sorrir, esperar, desistir, chorar, apaixonar, amar, odiar, matar, perdoar, aprender, ensinar, tudo de acordo com o aprendizado dela desde que começamos a nos entender como alguém. Alguém, ninguém, aquém, além. Ele, ela, sempre aparece, sempre vai embora até o dia em que se aproxima, chega, senta, toma um chá, dá um abraço e pede pra ficar. Para sempre.