sexta-feira, 31 de julho de 2009

Nudez - K.M




Pendure seu casaco
Tranque as portas
Deixe o vapor subir pelos ceús . Tudo bem?
Tudo bem, você está preparado para deixar rolar esta noite?

Faça a sua coisa com a sua própria coisa
Mova os quadris!
Está ficando um movimento legal
Adivinha quem está olhando agora?
Olha! Olhando agora.

Hora se de despir
Só abra esse zíper para mim, e faça isso funcionar
Só o exponha
Por que você sabe.
Tudo bem? Tudo bem!
Deixa rolar. Lá vamos nós.
Deixe isso deslizar para dentro.
Isso mesmo. Um botão por vez.
Quem se importa com quem está vendo?.


Pele com pele, corpo no corpo
Ouse me deixar ver
Sua nudez

O menino escoteiro


Havia um menino escoteiro que andava a acampar.
Inteligente, belo sorriso, conquistava a quem por sua frente passar.
Suas idéias, palavras e atos o levaram ao primeiro lugar.

Na equipe, bom líder era.
Começou como subchefe,
Mas foi aí mesmo que despontou
E deu ao chefe, um xeque. Mate.

Nas provas em equipe
Bom estrategista era
Com suas novas idéias
Era o líder que a equipe sempre quisera.

Foi então que numa prova de resistência
No caminho se perdeu
Não notara a direção do sol
O menino se rendeu

O caminho foi difícil
Muito mato, galhos e espinhos
Sua pela branca e rosada
Avermelhada, agora, estava


Foi num galho
Da terceira enroscada
Que se deu
O primeiro arrepio

Parou e olhou para trás
Para ver se alguém o observava
Sem nenhuma alma presente
Seu caminho livre
Agora estava.

A volta, que antes árdua estava
Cheia de sensações agora o levava.
Do mato, galhos e espinhos
Seu corpo já não esquivava

O sol, que ao alto o iluminava
Queimou seus lábios, coxas e braços
Tornando única a passagem
Pela doce dor que pairava no espaço.

Chegar não foi difícil
A dor não foi difícil
Esquecer é que foi difícil

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Como uma droga

Garoto! Sim, você quem começou isto.
Você me faz sentir que está louco pelo meu corpo.
Eu? Eu não posso!
Eu não posso parar isso.
Você quem começou? Então, continue! Continue!
Me faça sentir como se isto fosse real.
Você me pegou, então me jogue na pista.
Se eu estou viciado... e é a você, que eu tenho que pedir...Eu quero mais!

Danço como se fosse o único. Único.
Como se eu fosse o único rapaz que você quer.
Isso é foda! Eu tenho um radar em você.
Isto é tão físico! Eu quero você, quero você!

Eu nunca viajei assim. Tão delicado e fino .
Você, realmente, entrou em minha mente.
Eu, realmente, quero fazer, tudo com você...as coisas que você me deixa fazer.
Como uma droga!

K. Minogue

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Madonna se foi



É. Agora que passou a onde megalomaníaca da material girl pelo Brasil, quero falar sobre o maravilhoso trabalho executado pelo fotógrafo Steven Klein, o editorial “Blame it on Rio“. Nele, o que a grande maioria do mundo sabe, é que Madonna conheceu nosso menino Jesus Luz e o tirou da manjedoura carioca para as grandes rodas do capitalismo. Bem, mas não é esse o ponto. O ponto é que este editorial tem total semelhança com seu primeiro clipe proibido pelas TVs americanas, até mesmo na MTV, “Justify my Love”, dirigido pelo grande fotógrafo Jean-Baptiste Mondino, o que rendeu a ela mais dinheiro, pois foram lançados no mercado fitas VHS só com o clipe na cantora. Claro! Naquela época ainda não existia pirataria. Ela ganhou, sim, dinheiro. No clipe, temos uma mulher cansada. Cansada da vida, dos amores, do cotidiano. Cansada de não ser ela e ao mesmo tempo, perdida num mundo de prazeres proibidos e desconhecidos . Então, ao toque melódico, sensual e constante de Lenny Kravitz e a voz sussurrada de Madonna, desenrola-se sua primeira experiência fetichista. Beijos, abraços, lambidas e troca de salivas e um pouco de dor entre a cantora e seres desconhecidos, homem, mulher, mulher-homem e homem-mulher, dentro de um hotel, marcaram essa fase da cantora que, dois anos mais tarde, lançaria seu álbum EROTICA. Ah! Detalhe. Lá, ela firmou seu relacionamento com o então, modelo Tony Ward.
Agora, 19 anos depois, muito mais madura, profissionalmente, intelectualmente e espiritualmente, resultado de seu ex-casamento e de sua espiritualização, O editorial publicado na revista W, traz uma mulher renovada e provando que sexualidade e desejo não têm tempo nem espaço. É tudo uma questão de atitude. A história é quase a mesma, um fino hotel, corredores, salões de festas, alguns homens bonitos e entre eles, sua mais nova aquisição. Se naquele clipe, Madonna se mostrava uma mulher reprimida no início, em busca de descobertas, nesta nova versão, é uma mulher poderosa em todos os sentidos e que sabe muito bem o que quer. Ela comanda, ela decide. Ela sabe o que quer, como quer e onde quer. Rola, rala, goza e provoca. No final não sai correndo como uma criança que acaba de descobrir um grande baú cheio de brinquedos, mas sim, termina satisfeita, deixa seu parceiro extasiado de prazer e volta pra sua vida, pro seu pocker, pro seu cigarro. A mulher completa.


domingo, 26 de julho de 2009

Um espaço dentro

Agora, há pouco, me banhava. Água quente, forte e, lá fora, frio e molhado. Muito frio. O calor da água, a sintonia da música que ela deixa ao cair. Me deparo pensando em você. Vejo seu rosto. Não claramente, mas é você. Parado, estático, como uma foto, e dinâmico no olhar enquanto acompanha meus pensamentos, ali dentro, naquele boxe. Se você fosse um vampiro, estaria me deixando seduzir pelos seus pensamentos, desejos, tão longe e tão próximos, muito próximos de mim, pois não tocavam minha pele molhada e ensaboada, mas percorriam dentro das minhas veias, dentro das minhas células e sendo, aos poucos, depositadas, todas, no fundo dos meus pensamentos mais profundos, mais secretos. Se fosse um bruxo, estaria completamente enfeitiçado, deixando sua energia mística percorrer todo o espaço entre nós até vir parar aqui, na minha janela, na minha frente, onde eu, já distraído pela sua imagem no meu horizonte fictício, me distraio, agora, pela sua presença. Sim, porque agora não era apenas eu, ali. Eram duas pessoas. Como se meu “eu“ estivesse adicionado de outra pessoa que não fosse eu. Dois eram um. Fui mais longe, embriagado por toda essa energia que habitava em mim, sem controle. Sem controle aos meus sentidos, claro, e controladas de longe, bem longe por você. O calor, que a essa altura já não sabia mais se vinha da água ou do meu corpo, ou do espaço, tomou conta dos meus pensamentos, dos meus sentidos e da minha inconsciência. Consegui ir além naquele momento. Nem rápido, nem lento, nem muito, nem pouco. Perfeito.

Me desperto, janela entre aberta, o vento frio entrando, correndo pelo Box, pelo meu corpo, na minha água, no meu banheiro. Luz acesa, hora de sair. Vou dormir.

sábado, 25 de julho de 2009

Certa Satisfação


Fim de férias. Início de ciclo. Sempre assim. É a vida, mesmo que você não perceba ou não queira perceber.
A todo o momento a vida vai virando, o mundo vai andando e as pessoas vão passando, passando, passando e passando. Esta semana passou e, ainda, passa, fica. É uma mistura de vida humana, sensações, experiências e sentimentos. Como pode alguns minutos, que depois se transformou em horas, te levar a uma jornada de dentro pra fora e despertar algo adormecido, de fora pra dentro? E eu que nem pensava mais isso. Será que não?
Madonna, em seus devaneios musicais já dizia: "There´s a certain setisfaccion in a little bit of pain". Nunca duvidei, mas também nunca explorei . Aliás, até explorei alguma coisa, mas da minha forma, da minha maneira, mesmo porque, como se explicar a alguém que, realmente, exista uma certa satisfação em um pouco de dor?
"Pouco de dor". Isso mesmo. Até o momento. Será que, pós pouco, virá muita dor? Vou experimentar? Vou gostar? Vou voltar a ser pouco, sabendo que se pode ter muito? Isso, somente a "dor" dirá. Tudo depende da comunicação e interpretação que ela fará em parceria com o prazer.
Sou novo. Quero saber.
A mim, só me resta sentir e esperar.